Maldonado Freitas
A Colecção Maldonado de Freitas reúne um conjunto de 281 peças de cerâmica, que vão do século XVII-XVIII até aos finais do século XX, e que traduzem com representatividade a excelência da produção cerâmica caldenses.
Dos autores presentes na colecção destaca-se Manuel Mafra, que foi o introdutor de inúmeras inovações no campo da cerâmica, desde a utilização dos vidrados com escorridos à aplicação de musgados e manufatura de verguinhas, em peças utilitárias a que aliou um carácter decorativo, conferindo a cada peça um novo sentido estético, com temáticas inspiradas na fauna e na flora, exaltando a sua representação através da sua aplicação nos objectos utilitários tornando-os, desta forma, artísticos.
Contemporâneos de Manuel Mafra, e de merecido reconhecimento, salienta-se a obra de José Francisco de Sousa, de José Alves Cunha e Francisco Gomes de Avelar, que seguiram a mesma linha de produção.
A estes autores seguiu-se a obra notável de Rafael Bordalo Pinheiro, na Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, e que se encontra representada nesta colecção com peças decorativas e utilitárias sempre ricamente ornamentadas.
De salientar ainda a criação de Avelino Belo, António Alves Cunha, bem como da produção do Atelier Cerâmico e ainda da Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha, com autores de renome posteriores ao seu fundador, tais como Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro e Costa Motta Sobrinho, que inovaram no sentido estético das peças através de novas técnicas e temáticas, utilizando muitas vezes elementos da arte nova em modelos renovados.
Destaca-se ainda a produção da Secla e de autores que laboraram no Cencal, como é o caso de Armando Correia.